Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e os Termos de Uso.
Accept
O Prefeito
Facebook Like
Twitter Follow
Instagram Follow
O PrefeitoO Prefeito
Pesquisar
  • Principal
Follow US
© Foxiz News Network. Ruby Design Company. All Rights Reserved.
Nacional

Debatedores cobram mais rigor contra trabalho escravo em lavouras de café no sul de Minas

13 de maio de 2025
Compartilhar

13/05/2025 – 15:37  

Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

Jorge Ferreira: “Trabalho escravo é crime, e o criminoso tem que ir para a cadeia”

Debatedores e parlamentares cobraram nesta terça-feira (13), durante audiência pública na Câmara dos Deputados, mais rigor no combate aos casos de trabalho em condição análoga à escravidão nas lavouras de café no sul de Minas Gerais.

Segundo o representante da Articulação dos Empregados Rurais de Minas Gerais (Adere-MG), Jorge Ferreira Filho, as irregularidades na região envolvem fazendas e empresas que detêm certificações de qualidade e sustentabilidade no café.

“Quem procura trabalho não merece escravidão, é preciso combater essa praga com mais seriedade. O trabalho escravo é crime, e o criminoso tem que ir para a cadeia”, afirmou Ferreira Filho. Quando jovem, ele foi três vezes vítima da prática.

“Não adianta só pegar o fazendeiro, é preciso responsabilizar também as grandes corporações, são elas que lucram”, disse Ferreira Filho. Ele manifestou apoio ao Projeto de Lei 572/22 , que cria marco legal sobre direitos humanos e empresas.

Cobranças
A audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial foi proposta pelo deputado Padre João (PT-MG). Segundo ele, as menções a Minas Gerais na chamada “Lista Suja do Trabalho Escravo” são preocupantes.

“As empresas que estão adquirindo esse café também devem ser denunciadas, temos que denunciar todo processo que envolve trabalho escravo”, disse Padre João. Ele também defendeu ações junto a bancos e certificadoras de produtos.

Durante o debate, o representante do Ministério do Trabalho e Emprego avaliou que as leis contra o trabalho escravo hoje são adequadas. “Mas, no Direito Penal, a gente almeja e deseja que mais punições ocorram”, ressaltou Marcelo Campos.

Pelo Código Penal, a condição análoga à de escravo ocorre quando o trabalhador é submetido a jornada exaustiva ou situação degradante, de servidão por dívida ou de liberdade cerceada. A pena mínima é de reclusão, de 2 a 8 anos, e multa.

“Lista Suja”
Na última versão, o cadastro de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão relaciona 165 empregadores em Minas (21,3% do total). No período foram libertadas 1.463 vítimas no estado (24,2% do total).

A “Lista Suja” existe desde 2003 e é regulamentada por portaria interministerial. As atualizações acontecem em abril e outubro, e os nomes permanecem por até dois anos. No período, o empregador perde o acesso a financiamentos públicos.

Além da deputada Erika Kokay (PT-DF) e do deputado estadual Leleco Pimentel (PT), a audiência pública contou com representantes do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania; da Defensoria Pública da União; da Polícia Federal; do Ministério Público do Trabalho; do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho; e de organizações não-governamentais.

Reportagem – Ralph Machado
Edição – Roberto Seabra

Leia também

Motta: chegou o momento de enfrentar o debate de um novo modelo de Estado

Comissão aprova permissão para cooperativa acessar fundo público de desenvolvimento

Motta reafirma compromisso da Câmara em aprovar propostas para reduzir custo Brasil

Comissão aprova isenção de IR para gratificações e auxílios recebidos por profissionais de segurança pública

Comissão aprova prazo maior para revisão de BPC de pessoa com deficiência

Assuntos Nacional
Compartilhar este artigo
Facebook Twitter Email Copy Link Print
Painel Informe Manaus de Satisfação: Gostou da matéria?
Love0
Angry0
Wink0
Happy0
Dead0

Você pode gostar também

Nacional

Motta: chegou o momento de enfrentar o debate de um novo modelo de Estado

7 de junho de 2025
Nacional

Comissão aprova permissão para cooperativa acessar fundo público de desenvolvimento

6 de junho de 2025
Nacional

Motta reafirma compromisso da Câmara em aprovar propostas para reduzir custo Brasil

6 de junho de 2025
Nacional

Comissão aprova isenção de IR para gratificações e auxílios recebidos por profissionais de segurança pública

6 de junho de 2025
Nacional

Comissão aprova prazo maior para revisão de BPC de pessoa com deficiência

6 de junho de 2025
Nacional

Grupo de trabalho da reforma administrativa promove primeira audiência pública na terça-feira

6 de junho de 2025
O PrefeitoO Prefeito